Vinhos Chilenos: A História da Carménère
Algumas coisas no mundo dos vinhos parecem ter sido tiradas de contos com aqueles finais reveladores. É o caso da uva Carménère, tão apreciada no Chile.
Originalmente, a Carménère se desenvolveu na França, mais precisamente na região de Bordeaux. Lá a produção foi drasticamente dizimada por uma praga que arrasou a Europa chamada Filoxera, no final do século XIX.
Antes disso, a uva veio para o Chile, mas sendo plantada junto com a Merlot e sendo tratada e vendida como tal do início do século XX até a década de 70, apesar de amadurecer bem mais tarde que a Merlot.
Mas tudo seria revelado a partir da identificação, pelo ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot, dessa uva tão misteriosa cultivada em poucos lugares com tamanha exigência. O Chile então começou a ficar marcado por ela. Mais tarde, Boursiquot confirmou a redescoberta da Carménère!
Aqui, as mudas de Carménère sobreviveram no Chile pelo fato do país possuir a maior proteção natural do mundo com as cordilheiras e os desertos. É uma uva difícil, que pede um solo muito seco, mas gera vinhos elegantes, com taninos macios.
Já sendo reconhecida, a Carménère adaptou-se tão bem ao Chile, onde demonstra todo seu sabor e potencial, tornando-se a cepa de maior importância para a produção nacional.
Na Noite dos Carménères, em 5 de julho no Espaço Carpe Vinum, estaremos apresentando as produções chilenas da uva, encorporados em rótulos da Ilaia, Tamaya Estate, Tamaya Reserva, e Viña Marty. Uma excelente oportunidade para conhecer e apreciar a uva que caiu no gosto dos brasileiros!